domingo, 30 de outubro de 2011
Algemas persistentes
Oh mar
Amima meus pés
sussurra o soluço das ondas
diz-me porque és
Oh mar
calmo ou bravio
leito morno sem pavio
Inspira-me
perdida ando
na foz do murmurejar
que te corre de lês a lês
Oh mar
do meu olhar
de saudade marejado
na espuma que te veste
dá-me o degredo
desejado
Oh mar
que abraças
as rochas perfumadas
sois algemas persistentes
nos passos meus
atadas
Oh mar
porque insistes
invadir-me sem senão
nos dias em que te resisto
e debilmente murmuro
o tão doloroso não
Escrito a 29/10/11
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
A cor da terra
No abismo
onde se reflecte a cor da terra
fenecem as asas da liberdade
num prelúdio gemente
de cordas soltas e gastas
em mãos enclausuradas
no aconchego do passado
Num horizonte embuçado de nuvens
onde o mar se perfuma da própria maresia
há um declínio liberto no cerrado da noite
um vagido silencioso na voz da madrugada
um desfraldar gélido de um vento vigil
que antecede a derradeira morada
E num leito de secas pétalas
jaz moribunda a primavera
na mente perdida no ermo do nada
Escrito a 9/10/11
onde se reflecte a cor da terra
fenecem as asas da liberdade
num prelúdio gemente
de cordas soltas e gastas
em mãos enclausuradas
no aconchego do passado
Num horizonte embuçado de nuvens
onde o mar se perfuma da própria maresia
há um declínio liberto no cerrado da noite
um vagido silencioso na voz da madrugada
um desfraldar gélido de um vento vigil
que antecede a derradeira morada
E num leito de secas pétalas
jaz moribunda a primavera
na mente perdida no ermo do nada
Escrito a 9/10/11
domingo, 2 de outubro de 2011
Na reentrância da noite
Torno a roçar-me no reflexo vítreo do corpo
navegar num céu dourado, coberto de pólen
pendurar-me na corda que prende o rastilho
emergente da janela do meu olhar insípido
atear-me nas fagulhas púrpuras de ti, poesia
no anseio de ser simplesmente ….presença
Traço os contornos das palavras impressas
dos versos cilíndricos das silenciosas vogais
trajo de alento as vagabundas consoantes
num denso mar alvo de insónias palpebrais
A noite adormece quieta na orla do desejo
e as heras despojadas crescem enregeladas
na confluência febril das entranhas caladas
perdidamente perco-me em ti desnudada
Escrito 02/10/11
navegar num céu dourado, coberto de pólen
pendurar-me na corda que prende o rastilho
emergente da janela do meu olhar insípido
atear-me nas fagulhas púrpuras de ti, poesia
no anseio de ser simplesmente ….presença
Traço os contornos das palavras impressas
dos versos cilíndricos das silenciosas vogais
trajo de alento as vagabundas consoantes
num denso mar alvo de insónias palpebrais
A noite adormece quieta na orla do desejo
e as heras despojadas crescem enregeladas
na confluência febril das entranhas caladas
perdidamente perco-me em ti desnudada
Escrito 02/10/11
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